Ansiedade infantil. Síndrome do pânico infantil. Depressão infantil. Essas doenças são raramente relacionadas aos pequenos, porém negligenciá-las pode causar um estrago na vida deles. E, talvez, a última doença citada seja a mais comum e ameaçadora.
A depressão é um dos temas mais tratados no diagnóstico de doenças psicológicas. Isso porque ela atinge não só adultos, mas também crianças e adolescentes que lutam diariamente contra todos os sintomas. Essa doença está presente em 1% a 2% das crianças, e em 3% a 8% dos adolescentes.
Depressão Infantil?
Essa apatia exacerbada impacta várias funções do organismo. No cérebro, a origem da depressão está em um problema na produção ou no aproveitamento de uma substância chamada serotonina, essencial para a comunicação entre os neurônios.
A depressão é considerada o grande mal que assola o século 21, atingindo 400 milhões de pessoas em todo o planeta, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Ela consiste na diminuição ou na perda de interesse pelas atividades diárias, comprometendo não só a mente, mas também o corpo. Erroneamente tratada como tabu e sem a devida atenção, depressão é doença sim e precisa de tratamento.
Esses dados significam que a cada cinco crianças, uma terá um episódio depressivo, estimulando sintomas graves que se estendem até mesmo para a fase adulta.
A depressão na infância, por exemplo, é algo que não recebia a devida atenção no passado, até pela dificuldade de diferenciar os sintomas da doença de outros quadros, como a ansiedade e as fobias. Entre os pequenos, ela aparece por meio de pesadelos, choro excessivo, dificuldade de aprendizagem, entre outros.
Dessa forma, é importante perceber os sinais de depressão infantil e de onde eles podem estar vindo. A depressão infantil e suas formas de manifestação são sutis. Então, é preciso estar atento para detectar a depressão infantil na escola ou até mesmo no ambiente familiar.
Sintomas da depressão infantil.
Os sintomas de depressão infantil podem variar dependendo da criança, mas o primeiro passo é entender que os sentimentos e atitudes de uma criança depressiva não serão as mesmas que um adulto. Isto é, por mais que dependa muito da descrição dos pais perante o comportamento do filho, não se pode tirar como base a comparação dos sintomas de um adulto com uma criança.
Diante de pesquisas e da probabilidade, entende-se que os sintomas da depressão infantil mais comuns são:
irritabilidade infantil;
perda de interesse nas atividades;
incapacidade de sentir prazer em brincadeiras;
humor depressivo;
dificuldade em concentração;
falta ou excesso de apetite;
diminuição ou aumento da necessidade de sono;
culpa exagerada;
desvalorização de si mesmo;
dificuldade nas atividade psicomotoras;
sensação de cansaço a maior parte do tempo;
ideia de morte.
Existem diversos fatores que predispõem à depressão. Estruturas cerebrais, mau funcionamento das partes do encéfalo, alterações hormonais ou mesmo processos inflamatórios. As causas da depressão infantil são diversas.
Aliás, sintomas de depressão infantil e ambiente familiar também podem estar relacionados, mas, ainda, não é possível ao certo explicar qual a origem da depressão. Porém, temos alguns indícios:
genéticos;
cognitivos (os pensamentos e costumes no qual a criança está inserida);
maus tratos domésticos;
bullying;
violência psicológica e/ou física;
pertencer à minorias sexuais;
luto por perda de entes queridos;
entre outros.
Os pais devem procurar orientação psicologica?
Para os pais é recomendado a psicologia comportamental infantil, assim que encontrarem alguma diferença no comportamento da criança, ou se houver alguma dúvida com relação a mesma. Só desta forma saberão como agir perante algumas situações, e, principalmente como conduzir atitudes depressivas ou de autodesprezo.
Os pais devem ficar atentos aos seguintes quadros para levar os filhos à psicoterapia infantil.
quadros de tristeza excessivamente prolongados;
desânimo em qualquer atividade da rotina todos os dias;
diferenças claras no comportamento com outras crianças;
alterações no sono, apetite e dificuldades em se concentrar.
Tratamento
Tres orientações que podem ajudar no tratamento.
terapia comportamental infantil ou orientação comportamental-cognitiva: focada nos pensamentos e atitudes da criança;
orientação interpessoal: visa melhorar os problemas de relacionamento com outras pessoas;
mentalização: envolve todo o trabalho junto à família.
A terapia infantil ajuda a modificar comportamentos e pensamentos, e permite medir os avanços na melhora do quadro. Além disso, é importante adotar um estilo de vida saudável. Uma dieta equilibrada e sem excessos e uma rotina de exercícios físicos dão suporte ao tratamento convencional. Depressão infantil tem cura? Infelizmente, não, porém, é possível controlá-la. É preciso seguir as recomendações da psicologia infantil à risca para sair da depressão e não sofrer com as recaídas.
Vale lembrar que os primeiros sintomas podem ocorrer desde cedo, em torno dos 2 anos de idade. Dificuldade ou recusa em se alimentar, pouco peso e distúrbios do sono podem ser alguns dos sinais dados nesse período. O melhor a se fazer nesses casos é buscar ajuda de um especialista, que irá propor o tratamento para depressão infantil apropriado baseado em cada caso.
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